sábado, 13 de dezembro de 2014

Sem meias palavras...a festa
12 de dezembro de 2014 - Puby

Já faz tempo que o Puby deveria ser "ocupado" devidamente pelo público rock de Vilhena. Bem localizado e por ser a casa de shows voltada para jovens mais tradicional da cidade, o Puby tem acomodações para ser adotado por este público carente de atividades dessa natureza. Sabemos que o público médio do local é formado por pessoas que gostam de música sertaneja e eletrônica, mas nunca é demais variar. Há mudanças que vem para o bem.

Sem meias palavras (dã) a festa correspondeu às expectativas. Bom, pelo menos no ambiente Garden, onde estava montado o palco rock da festa. E para dizer também o único pecado da noite: a cobertura do palco. Uma tenda improvisada que nos momentos de chuva mais intensa poderia acabar inviabilizando a apresentação das bandas. Por ser dezembro, período chuvoso, poderia ser previsto uma cobertura maior para evitar maiores riscos, até físicos, para os músicos que se apresentaram.

Com o rock não tem tempo ruim mesmo, segue o barco.

A primeira banda da noite foi a SUBPOP, power trio vilhenense que a cada formação traz uma sonoridade diferente. Para quem não sabe a banda começou como power trio, mas a sonoridade era mais indie, agora a história é outra. Com a chegada de João Ribeiro, assumindo o baixo e revezando nos vocais da banda, a Subpop está com sonoridade mais pesada, com referências (e músicas) de Alice in Chains, Audioslave, com direito até a Jimi Hendrix. Com a pegada firme de Rogério Schmitt na bateria somada à competência musical de João e Derek Ito (que sempre consegue surpreender e melhorar ainda mais no instrumental) faz do show da Subpop ser um dos melhores e mais coesos da cidade e o revezamento de vocais ajuda ainda mais a manter um show fluído e certeiro.

Subpop no palco

Logo após sobe ao palco a banda THE BLANK, durante uma chuva que ainda iria noite a dentro. Com os meninos a chuva foi mais impiedosa e com a falta de uma cobertura maior a participação do guitarrista Daniel foi inviabilizada, o que prejudicou o repertório deles, que em certas músicas necessitariam de duas guitarras.

É bom ver que a banda era a mais esperada da noite, com um público cada vez maior e que interage em suas apresentações. E não é para menos, uma vez que a banda está cada vez melhor. No conjunto baixo + bateria Jamir Júnior e Vinicius Dallazem, respectivamente, fazem a cozinha da banda funcionar muito bem dando total liberdade aos frontmans Thalys Guarnieri (voz) e Nícollo Bayerl (guitarra) tomarem conta conta do show e dar ao público a apresentação que eles esperavam. Com músicas de Blur, Arctic Monkeys, Black Keys e também remetendo aos clássicos AC/DC e encerramento de Billy Idol(!!!). Foi um dos shows que vi eles mais a vontade, com um público que foi para ver e dançar com eles.

O show acabou quando o dia já amanhecia (e ainda chovia). Cabe lembrar que na área interna do Puby, onde era o palco sertanejo, já estava vazia e o público estava concentrado na parte rock da festa.

O pessoal do programa "Sem meias palavras", da Rádio Positiva FM, que organizou a festa prometeu mais festas assim: "A primeira de muitas", segundo André Müller. Que assim seja e parabéns aos organizadores.

Um comentário:

  1. Parabéns! vamos ocupar o nosso espaço na cena local e mostrar que o rock pode ser rentável também. Cultura só é democrática quando TODOS os estilos artísticos possuem espaço e divulgação decente.

    ResponderExcluir