quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Rondon Rock Festival

Não é a toa que Ji-Paraná é chamada de “Coração de Rondônia”, pois se localiza praticamente no centro do Estado e, em razão disso, proporciona os maiores encontros de roqueiros rondonienses. Foi assim no que já foi chamado de “maior festival de rock do país” – sério, uma edição do Rock in Jipa reuniu 56 bandas certa vez – e foi assim no Rondon Rock que, por sua vez, reuniu 20 bandas nos dias 14 e 15 de novembro de 2017.


Vindas, Ouro Preto, Porto Velho, Rolim de Moura, Ariquemes e Vilhena, além da convidada especial Ana Lu (que é de Roraima), as bandas foram responsáveis por dois dias de celebração e nostalgia do rock rondoniense. Um grande encontro de gerações que com certeza trouxe lembrança de outras épocas da música em nosso estado, como a ideia da criação do Festival Beradeiros (que irá retornar em 2018) foi surgida também em um evento realizado em um Rock in Jipa que reuniu bandas de Porto Velho e Rio Branco (AC) dando o estopim a um movimento que além do festival Beradeiros fez surgir o Guerrilha Festival, que logo após se tornou o Festival Varadouro. Este último foi um dos grandes festivais da região Norte, mas não é mais realizado na capital acreana.

Voltando ao Rondon Rock, o festival foi impecavelmente organizado, com pouquíssimos atrasos, atendimento total às bandas de fora da cidade. Fruto de iniciativa da Fundação Cultural de Ji-Paraná e com apoio da Brilhante MKT em parceria com a SICOOB local o festival já nasceu grande e, com certeza, já queremos a edição de 2018 que promete ser mais concorrida ainda para participar.

Ana Lu

 O único “porém” do evento foi que inicialmente a proposta era ser 100% autoral, mas infelizmente não foi possível cumprir isso, a maior parte das bandas da cidade anfitriã se arriscou com covers e interpretações, ora bem executados, ora mais ou menos. Como “álibi” da cidade podemos concordar que o festival foi uma espécie de ressurreição do rock local, sendo que Ji-Paraná é única “grande cidade” de Rondônia que não possui uma casa que fomente especificamente o estilo por estas bandas.

 Subpop

Representando Vilhena a banda Subpop mostrou novamente seu show “redondinho”, com as músicas recém-lançadas “Seios”, “Vilhenaro e os poluíticos”, “Educa cão” (favorita aqui do blog) entre outras, valorizando as guitarras capitaneadas por Derek Ito e William Lázaro.

Ariquemes também está se tornando um importante reduto do rock autoral rondoniense e foi representada pela MPB/Rock de Marcos Bieseki, ex-integrante da banda seminal Os Químicos, também Fuska 69 com seu som fortemente influenciado pelo rock nacional dos anos 90 e a banda Os Últimos, uma das melhores do estado, com seu power trio Tom/Laura/Rogério, mostrando seu som swingado e competente, através de hits como “De alma” e “Rock and Roll”.

Já Porto Velho tem uma cena autoral consolidada e veio representada pelo som rock e regional das bandas Beradelia e Quilomboclada, que carregam a bandeira do som beradeiro onde quer que vão, e também pelo som pesado da banda Coveiros, que fechou lindamente com seu metal/hardcore/crossover a primeira noite do festival debaixo de chuva que não afastou os entusiastas do estilo que ficaram até o fim do show. Destaque também para o reggae do disco “Luz e Som”, da voz doce, mas imponente, de Ana Lu.

Ouro Preto d’Oeste, cidade que fica a 30 minutos de Ji-Paraná, “mandou” como representante a banda O Retro Ativo, que também se destaca com seu som autoral e entrega em palco, com seu vocalista e guitarrista Yves Castro se mexendo, cantando e tocando freneticamente. A banda é reconhecida por seu som experimental, mas um grande destaque da banda era fora do palco: entre os materiais a venda havia a “Retroaba”, a catuaba da banda, que aliás lançou recentemente um clipe com o nome da bebida “Catuaba por você”.

 Os Últimos

Encontros como esses fazem animar a cena rock de Rondônia e dar um gás principalmente para bandas de Ji-Paraná possam buscar seus sons próprios, por meio de várias bandas competentíssimas que existem lá.

2018 está logo ali. =]


quinta-feira, 22 de junho de 2017

Lançamento Subpop

Neste sábado, dia 24/06, a banda vilhenense Subpop lançará 7 músicas inéditas (que podem ser ouvidas na página da banda no Facebook). Com onze anos de estrada - e diversas formações - a banda sempre se reinventa. Com um início indie, depois passando por uma onda meio Los Hermanos / meio Móveis Coloniais de Acaju, agora a Subpop traz faixas mais vigorosas, num misto de influências que trazem elementos de indie, grunge e até flertando com new metal.


O local escolhido para o lançamento é o bar Ace of Spades, localizado na Rua Princesa Isabel, nº 128, Centro, próximo ao banco Itaú. Além das músicas próprias a banda tocará um repertório variado, mas não custa já ir escutando as canções para cantar em plenos pulmões. A favorita "da casa" é "Educa cão" que ainda não foi disponibilizada, mas é MUITO boa. Seguem as faixas (e sigam no Spotify =]): "Vilhenaro e os poluíticos""Sábado e casa" e "Seios".


A grande sacada da banda, além da produção e gravação local com Nilo Clemente, foi de utilizar ilustrações de artistas locais para divulgar as faixas disponibilizadas, a saber: "Seios" (Vitor Gomes/DeadUnlike), "Vilhenaro e os poluíticos" (Will Filus) e "Sábado em Casa" (Jhon Douglas).


SERVIÇO
24/06 - Sexta Feira - 23 h
Lançamento Subpop
Ace of Spades
R$ 10 - ingressos a venda no local ou então na Banca do Zóio (Centro)





domingo, 19 de março de 2017

E agora?


Parece uma sina: quando a gente acha um lugar para chamar de “casa” vem uma “bomba” e nos tira essa sensação.

Aconteceu com o Beco do Laranja, também com o Espaço JK, com o Barzin, com o Fox e agora com o Ace of Spades. Ontem, 18/03, eu ainda tinha esperança que o bar fora vendido e que semana que vem teríamos alguma programação no local que aprendemos a gostar, compartilhar e conhecer gente nova que acreditávamos “não existir” por aqui.

O Ace foi um daqueles locais que futuramente contaremos aos nossos netos e amigos que não conheceram lá. De como era foda poder chegar e ver bandas de rock fazendo shows de fato e não servindo como agregador de valor apenas. Algumas casas tem até mais condições técnicas e financeiras – e cara, tem PÚBLICO pra isso – mas estas investem no mais fácil.

Já está na história da Cultura de Vilhena. Vai fazer falta, principalmente para quem tocava lá e viu o que a cena musical alternativa de Vilhena pode ser e ali já era. Legal ver bandas indo ver outras tocarem e sempre nos fins de noite rolarem as jams, “tudo junto e misturado”.

Rolou de tudo, quase todos os estilos de som tiveram seus dias e tributos. Falo quase porque faltou um tributo “punk rock” lá.

O último show a gente nunca esquece

Enfim, por mais que doa dizer isso, para muita gente vai ficar aquele gostinho de “quero mais”, mas amanhã ou depois já vão adotar outros bares. Fica o peso mais para quem toca mesmo, que perde mais um palco nessa cidade cada vez mais dominada pelo sertanejo e pelos preconceitos.

O rock de Vilhena vai morrer?

Não meus queridos, não vai. Vai ser mais difícil para ver uma banda tocar, mas dizer que o movimento vai morrer é subestimar a vontade da gurizada. Procurem saber, logo logo mais shows vão vir, vocês verão.

2ª Convenção Tattoo Vilhena

Para não ficarem órfãos muito tempo semana que vem tem a 2ª Convenção Tatoo Vilhena, nos dias 24 a 26 de março, lá no Rotary Club, próximo ao Clube dos Estados.



Haverá palco aberto, para as bandas tocarem, então quem curte rock e quem quer tocá-lo já sabe onde procurar.

É prevista a participação de 60 tatuadores de vários cantos do Brasil, também do Peru e da Bolívia. A entrada vai ser um valor simbólico + 1 kg de alimento não perecível.

Se realmente querem ajudar a cena alternativa local acho que ir no evento de tatuagem é um bom começo.

Nos vemos por lá.


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