Sabe aquela sensação de vencer na vida?
Aquela que vem mesmo com algo que não é grande em tamanho, mas simbólico?
Pra mim ela veio ontem (24/07), na Praça
Ângelo Spadari, durante o Festival de Música Portal da Amazônia. Já era noite e
uma criança no colo de sua mãe, pequena e aparentava ter no máximo dois anos de
idade. A criança estava sonolenta, mas ao passar em frente às caixas de som
levantou e desceu a cabeça e balançou os braços ao som da banda Subpop.
Não só crianças, mas idosos e jovens,
vestidos de preto ou não, estiveram nesse último fim de semana lá na praça e ouviram
praticamente de tudo, metal a sertanejo. A diversidade que as atrações musicais
trouxeram agradou ao público presente, que também era bem diverso, não só havia
camisetas pretas de costume, mas também cowboys, famílias em geral e hipsters
também.
A ocupação positiva do lugar com o cuidado do
pessoal da organização – Serpentário Produções – gerou o que se espera de
eventos públicos: felicidade estampada nos rostos dos presentes e reações boas
quando o estilo musical apresentado não era de acordo com os costumes locais.
Subpop e uma parede sonora
É notável a renovação, evolução e
consolidação da cena musical local. Como o Dr. Newton Pandolpho falou “é
impressionante uma cidade do tamanho de Vilhena consiga manter tantas
manifestações de forma independente, sem depender necessariamente do poder
público. De fato é. E impressiona realmente.
O rock/metal ficou por conta das bandas Urbanos,
North Rockets, NELE, Loop7, Subpop, Vector e Necrovha, cada uma de um estilo, o
que é outra coisa legal de nossa cidade, as bandas têm identidade, não se
parecem umas com as outras (só com os integrantes. O som favoreceu as bandas,
principalmente na parte do peso.
Também a presença feminina foi garantida com
Gabi Schmadecke e Suzana Schmitka, com cada uma desfilando suas vozes delicadas
e marcantes ou como disse um dos espectadores presentes “cremosas e aveludadas”.
Gabi Schmadecke iluminada pelo Sol
Jovino Lobaz (voz, violão e ukulele), tocou
só músicas autorais e mostrou uma outra face da cena local “alternativa”:
aposta em canções próprias e interpretações, deixando de lado covers
engessadas. Foram o que mostraram também Sandro Vieira e Os Alienistas, que
transformam canções e adaptam cada qual ao seu jeito, com direito a
performances visuais e corporais.
Vanderson Jesus e o rap vilhenense
A diversidade também ficou por conta de
Murilo & Gustavo, sertanejo, com bom entrosamento de voz e Vanderson de
Jesus, que trouxe a mensagem do rap – inclusive mandando autoral também.
Infelizmente não consegui ver todas as apresentações, mas felizmente o nível
foi bem parecido devido aos comentários que ouvi.
Ponto positivo para o Festival e à
Serpentário Produções, que organizou o evento. O público ficou satisfeito e
muita gente teve a oportunidade de conhecer o que acontece pela cidade. Foi uma
vitória não só deles, foi de todo mundo que respira cultura em Vilhena.
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