segunda-feira, 25 de julho de 2016

Festival de Música Portal da Amazônia em algumas palavras

Sabe aquela sensação de vencer na vida? Aquela que vem mesmo com algo que não é grande em tamanho, mas simbólico?

Pra mim ela veio ontem (24/07), na Praça Ângelo Spadari, durante o Festival de Música Portal da Amazônia. Já era noite e uma criança no colo de sua mãe, pequena e aparentava ter no máximo dois anos de idade. A criança estava sonolenta, mas ao passar em frente às caixas de som levantou e desceu a cabeça e balançou os braços ao som da banda Subpop.

Sandro Vieira e Os Alienistas: a tropicália vilhenense

Não só crianças, mas idosos e jovens, vestidos de preto ou não, estiveram nesse último fim de semana lá na praça e ouviram praticamente de tudo, metal a sertanejo. A diversidade que as atrações musicais trouxeram agradou ao público presente, que também era bem diverso, não só havia camisetas pretas de costume, mas também cowboys, famílias em geral e hipsters também.

A ocupação positiva do lugar com o cuidado do pessoal da organização – Serpentário Produções – gerou o que se espera de eventos públicos: felicidade estampada nos rostos dos presentes e reações boas quando o estilo musical apresentado não era de acordo com os costumes locais.

Subpop e uma parede sonora

É notável a renovação, evolução e consolidação da cena musical local. Como o Dr. Newton Pandolpho falou “é impressionante uma cidade do tamanho de Vilhena consiga manter tantas manifestações de forma independente, sem depender necessariamente do poder público. De fato é. E impressiona realmente.

O rock/metal ficou por conta das bandas Urbanos, North Rockets, NELE, Loop7, Subpop, Vector e Necrovha, cada uma de um estilo, o que é outra coisa legal de nossa cidade, as bandas têm identidade, não se parecem umas com as outras (só com os integrantes. O som favoreceu as bandas, principalmente na parte do peso.

Também a presença feminina foi garantida com Gabi Schmadecke e Suzana Schmitka, com cada uma desfilando suas vozes delicadas e marcantes ou como disse um dos espectadores presentes “cremosas e aveludadas”.

Gabi Schmadecke iluminada pelo Sol

Jovino Lobaz (voz, violão e ukulele), tocou só músicas autorais e mostrou uma outra face da cena local “alternativa”: aposta em canções próprias e interpretações, deixando de lado covers engessadas. Foram o que mostraram também Sandro Vieira e Os Alienistas, que transformam canções e adaptam cada qual ao seu jeito, com direito a performances visuais e corporais.

Vanderson Jesus e o rap vilhenense

A diversidade também ficou por conta de Murilo & Gustavo, sertanejo, com bom entrosamento de voz e Vanderson de Jesus, que trouxe a mensagem do rap – inclusive mandando autoral também. Infelizmente não consegui ver todas as apresentações, mas felizmente o nível foi bem parecido devido aos comentários que ouvi.

Ponto positivo para o Festival e à Serpentário Produções, que organizou o evento. O público ficou satisfeito e muita gente teve a oportunidade de conhecer o que acontece pela cidade. Foi uma vitória não só deles, foi de todo mundo que respira cultura em Vilhena.

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